quarta-feira, 27 de julho de 2011

A história do fósforo


História (Descoberta)

O fósforo — do latim phosphŏrus, e este do grego φωσφόρος, portador de luz — antigo nome do planeta Vênus, foi descoberto pelo alquimista alemão Henning Brand em 1669, na cidade de Hamburgo, ao destilar uma mistura de urina eareia na procura da pedra filosofal. Ao vaporizar a uréia obteve um material branco que brilhava no escuro e ardia com uma chama brilhante. Ao longo do tempo, as substâncias que brilham na obscuridade passaram a ser chamadas de fosforescentes. Brand, a primeira pessoa conhecida a descobrir o elemento químico, manteve esta descoberta por um tempo em segredo.
O nome ´fósforo´ adquiriu novo significado graças ao químico britânico John Walker, que descobriu um composto que ardia ao ser friccionado contra certas superfícies. Havia nascido o ´fósforo´ comum, colocado à venda por Walker em 7 de abrilde 1827. Inicialmente foi um artifício perigoso, pois soltava chispas e costumava queimar as pessoas ou chamuscar sua roupa, até que em 1832 o austríaco J. Siegal conseguiu fabricar os primeiros fósforos de segurança.
Os fósforos atuais são fabricados com sulfato de antimônio, súlfuros e agentes oxidantes tais como clorato de potássio.
A raiz grega ´phos, photos´ aparece também em palavras como ´fotografia´, ´fóton´ e muitas outras que de alguma maneira se originaram na ideia de ´luz´.
O fósforo encontra-se na natureza em combinações de fosfatos e outros sais. Como componente orgânico, encontra-se nos organismos vivos sob a forma de fosfatos de cálcio, nos ossos e dentes (metabolismo fosfocálcico), de ésteres ortofosfóricos (associado a ossos, ácidos aminados, a base), de ésteres disfóricos (adenosina disfórica ou ADP, que desempenham um papel importante na reserva genética), de nucleotídeo no ácido desoxirribonucléico (ADN), faz parte da urina, do sangue e de outros líquidos corporais. O fósforo não se encontra livre em nenhuma de suas variedades, mas, em combinações como os fosfatos.

Precauções

O fósforo branco é extremamente venenoso - uma dose de 50 mg pode ser fatal - e muito inflamável, por isso, deve ser armazenado submerso em água. Em contato com a pele provoca queimaduras. A exposição contínua ao fósforo provoca a necrose da mandíbula.Se inflama espontaneamente em contato com o oxigênio
O fósforo vermelho não é tóxico, porém deve-se manuseá-lo com cuidado, já que pode transformar-se em fósforo branco e produzir emissões de vapores tóxicos se aquecido
IMPORTANTE: É um erro atribuir ao fósforo toxidade ou efeitos negativos sem conhecer os fosfatos que o compõe. Ao tratar fósforo de forma genéria, é impossível saber se o produto faz bem ou mal ao ser humano. Assim como algumas combinações de fosfatos podem trazer prejuízos ao organismo, outras combinações podem ser muito benéficas.


Outros dados

Encontra-se na sua maior parte nas rochas e se dissolve com a água da chuva, sendo levado até os rios e mares. Boa parte do fósforo de que precisamos são ingeridos quando nos alimentamos de peixe. Nossos ossos armazenam cerca de 750 g de fósforo sob a forma de fosfato de cálcio. A falta de fósforo provoca o raquitismo nas crianças e nos adultos tornando seus ossos quebradiços.
"Alquimista em busca da pedra filosofal (1771)" por Joseph Wright, representando Henning Brand na descoberta do elemento fósforo.
Com a morte das plantas e animais este fósforo retorna ao solo e é absorvido por novas plantas. Nas rochas fosfálicas é retirado o fosfato, usado em fertilizantes e na fabricação de detergentes. O uso doméstico destes detergentes é a maior causa da poluição dos rios pelo fósforo. Mesmo a água tratada de esgotos, que volta aos rios, pode ainda conter fosfatos.


Na Mitologia Grega

Na Mitologia Grega, Fósforo (ou Eósforos) era um Deus Menor retratado como umcavaleiro armado com uma tocha. Sendo o representante do planeta Vênus (que apenas era identificado com a Deusa do Amor pelos romanos), Fósforo foi, mais tarde, com o advento do Cristianismo, identificado com a figura de Lúcifer, o Anjoportador da Luz que, por sua vaidade, caiu ao se julgar superior a Deus-Javé.




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